domingo, 16 de setembro de 2012

Revolta na madrugada


E então eu paro para pensar que o tempo passou, passou tanto que eu nem conseguiria lembrar de muitas coisas se não fossem as fotos, os registros. Hoje mesmo decidi colocar um ponto final em tudo isso. Sabe, não consigo mais. Não da pra viver esperando um milagre, ou um quem sabe pode dar certo. Só que fui vasculhar as gavetas para poder esvaziá-las, e descobri o quanto fui feliz, o quanto me faz falta ser feliz de verdade. Me questiono, questiono até a Deus as vezes, o porque de tanto amor nesse coração. Deus do céu! Queria amar menos, lembrar menos, seria mais fácil abandonar todas essas lembranças. Todo mundo acha lindo todo esse romantismo, toda essa minha sensibilidade. Coitados! Não sabem o quanto custa carregar tanto amor no peito. Não sabem o quanto eu adoraria ser menos amorosa. Da raiva ser sempre assim, verdade! Vejo pessoas que não se deixam dominar pelos sentimentos, muito menos pelo amor, e caramba, nunca as vi chorando por um amor. Não que eu acredite que elas sejam mais felizes, mas devem sofrer menos, e disso eu não tenho dúvidas.
Esse amor acumulado dentro do peito sufoca. Sufoca tanto que às vezes não me deixa respirar. E eu já pensei que poderia ser doença, loucura ou sei lá. Só que ao mesmo tempo, sei que não é isso. Sei que é só um pouco de amor esmurrado, surrado e ferido. Ninguém gosta de uma rejeição, sejamos francos. Uma troca marca muito mais do que qualquer outra coisa. Você fica procurando cabelo em couro de sapo. Tenta encontrar respostas que jamais vão aparecer... Que coisa absurda, amor acumulado machuca, é injusto isso! Se você estiver lendo esse texto, vendo essa imagem, pode acreditar, é de você mesmo que estou falando. Tem um acumulo de sentimentos dentro do meu coração por você. E isso não me orgulha nem um pouco. Por exemplo, agora gostaria de estar dormindo, como metade das pessoas normais por ai. Mas não! Eu sou um ser que tem muito amor, e não consegue dormir. Olha que baita injustiça. Enquanto quem não esta nem ai dorme como um bebê fico eu aqui, remoendo as lembranças, me alimentando de poucas migalhas. Ódio mortal desse coração que foi se apaixonar, francamente!

Esvaziando as gavetas de sonhos






Você acredita nos seus sonhos? Bom, eu acredito e acho que isso é o que me mantém viva, é o que me mantém de pé. Porem, nos últimos tempos tenho deixado meus sonhos de lado. Tenho deixado eles em segundo plano, e se me perguntarem o porquê não vou saber lhes responder ao certo. Talvez tenha medo agora de sonhar, sonhar e acabar me machucando novamente. Quem sabe eu já tenha sonhado tanto, tenha guardado tantos sonhos nas gavetas, que elas já não suportam mais nenhum deles. Afinal toda a minha vida foi construída sobre meus sonhos. E não é que por causa de um sonho que não deu certo, todos os outros perderam a graça? Não sei, parece que um sonho frustrado acaba mutilando todos os outros, você já sentiu isso? Eu já! Tenho medo de não voltar a sonhar, um medo terrível entende? Porque não sei viver de outra maneira, não sei viver com os pés no chão, e nesse momento parece que estou criando raízes. Preciso voar mais uma vez, necessito!
Talvez eu precise enterrar alguns sonhos para poder dar espaço para outros. Já ouvi várias vezes que para encher um odre, é preciso esvaziá-lo antes não é mesmo? Deve ser isso. Mas me pergunto como irei jogar sonhos pela janela? Como irei simplesmente deixá-los pra trás? E eu mesmo me respondo que não sei. Não sei como prosseguir sem carregar os velhos sonhos comigo, não sei. Mas ao mesmo tempo, sei que se não deixá-los corro o risco de secar a fonte dos sonhos que tanto já verteu dentro de mim. Meu Deus, como é difícil nos livrar das coisas passadas! Como é doloroso admitir que não existe mais o que um dia ali existiu. Fecho os olhos e repito em voz alta: ‘’- PRECISO ESVAZIAR PARA PODER ME ENCHER NOVAMENTE. ’’ Mas como? Como?
Quem sabe esse seja o momento de rever esses sonhos que estão ocupando tanto espaço. Talvez eles sejam sonhos que não valham apena guardar não é mesmo? Vou começar a esvaziar, e se por acaso não aparecer mais, não lhe procurar, quem sabe você seja um desses sonhos que enterrei na esperança de outro sonho ainda melhor ocupar seu lugar. E não pense que isso será fácil. Porque ainda mais difícil do que sonhar novamente, é perder um velho sonho.


terça-feira, 4 de setembro de 2012


Ainda sei de cor seu telefone
Sei decifrar os seus quinze sorrisos [...]

Acho realmente que deveriamos ter um único amor na vida, acho que não deveriamos nos machucar com amores errados. As coisas seriam um pouco menos complicadas, pode apostar que sim.

P.S: Essa música me chamou atenção, e acho que hoje estou um pouco brega, então.





segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Você já sentiu isso antes, você já conhece como tudo termina, mas ainda assim pensa que pode ser diferente. É natural, nós seres humanos acreditamos que tudo pode melhorar, ou pelo menos tomar um rumo diferente não é? Mas, nem sempre isso acontece, sejamos realistas. As coisas nunca dependem só de você, sempre existe uma segunda pessoa, quando não existe uma terceira também. Somos seres de amor, (alguns claro, existem pessoas que não sabem o que é isso) que sonham sempre com as coisas perfeitas e lindas. Isso não esta errado, eu por exemplo acho lindo ter um amor. Mas sabe, tem que ser reciproco. Como amar uma pessoa sozinha? Não existe amor independente, é burrice, desculpa mas é. O amor é composto de dois seres, que depositam confiança um no outro, que se preocupam um com o outro, que querem o melhor um pro outro. Minha amiga, se você sente isso por uma pessoa, e ela não sente o mesmo, fuja enquanto é tempo, porque dai em diante nada pode melhorar. Na teoria é muito simples, se alguém te ama e você também o ama, pronto ta perfeito, sinal verde e pode avançar. Agora se você ama, e o outro não, sinal vermelho e meia volta vou ver. É difícil aceitar isso, você se sente inferior não é mesmo? E para pra pensar: ''Poxa, mas eu o faria tão mais feliz.'' Talvez sim, mas talvez não. Com o tempo você aprende que nem tudo o que você acha que pode ser, realmente é. Talvez ele encontre alguém que se encaixe naqueles defeitos que você jamais aturaria, ou que não se importa com o que você se importava. A vida é assim, as vezes parece um pouco injusta e talvez realmente seja, mas você precisa mostrar pra ela que pode suportar, tem que ser forte mesmo entende? Se não entende, tente entender, e o quanto antes melhor.
Não é errado amar alguém, não me interprete mal, mas tente amar alguém que se importe com você, que ligue pra você, que mande flores pra você, que acorde no meio da noite pra dizer que te ama e te fazer dormir melhor. Ame alguém que te surpreenda, que te busque, que te leve, que sinta sua falta, e que principalmente, te ame proporcionalmente como você o ama. Não existe receita, são apenas dicas que provavelmente vão dar certo, acredite vão dar certo.

domingo, 2 de setembro de 2012


Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem [...]

Deita na cama, fecha o olho e dorme. Dorme que a vida continua menina, ela sempre vai continuar.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012


                      

Na calada da noite, ela pegou o telefone para ouvir sua voz. No fundo sabia que era errado, que não deveria, mas ela precisava ouvi-lo antes de dormir. A sua respiração suava como música do outro lado da linha, era incrivel, mas ela sabia que de alguma forma ele percebeu ser ela. Ele disse o seu alô de uma forma tão doce, tão acolhedora. Por alguns segundos ela ficou ali, parada, com os olhos marejados, querendo falar: ''Alô, eu estou com saudades sabia?'' Mas não, ela apenas o ouviu calada, desligou o telefone e continuou a viver. Ela sempre soube que ele reconhecera as suas travessuras, e que imaginava que poderia ter sido ela que havia ligado naquela noite, mas também não pensara que em uma tarde, ele ligaria para ela perguntando se estava tudo bem, porque tinha certeza de que ela quem havia ligado para ele naquela madrugada. Poucas palavras, muito silêncio. Ela não sabia o que falar, ela queria apenas ouvi-lo, ela precisava ouvir qualquer coisa que fosse projetada por aquele celular. Em todo momento seu coração estava disparado, suas mãos suando sem parar. Ela havia saído para ir até a padaria, mas qualquer que fosse o chocolate que ela havia ido comprar, perdeu o gosto, o sentido, diante daquela voz, daquelas risadas. Por dois segundos ela chegou a pensar: ''Vou desligar esse telefone, não posso ouvi-lo mais.'' Mas logo isso saiu de sua mente. Ela sentia algo estranho, era como se eles se pertencessem de alguma maneira, e tudo o que ele perguntara para ela, ela não poderia mentir. Por exemplo se ele lhe perguntasse: ''Vamos fugir para o outro lado do mundo nesse momento?'' Ela diria que sim, ela não saberia dizer não, não poderia mentir, não pra ele. É engraçado como as coisas acontecem, é engraçado ficar meses e mais meses sem ouvir-lo falar e quando derrepente isso acontece, você perde completamente a voz, trava, fica ali estagnada, alucinada, apenas querendo ouvir. Não é loucura, não pode ser! Deve ser uma dose de saudade, regada de um sentimento único que jamais poderá ser entendido ou explicado.
O único problema de tudo isso, de toda essa história que soa como algo tão bonito, é que após essa ligação tudo voltou ao normal. Ambos vivem suas vidas, de formas diferentes, com pessoas diferentes, em lugares diferentes. E nada muda, a saudade é saciada por alguns minutos, mas daqui dois meses ou três, ela vai desejar profundamente ouvir aquela voz, e talvez não vai poder, ou vai poder e esse mesmo ciclo vai se repetir. Coisa triste ter um amor impossível, coisa triste amar algo que já passou, coisa triste esse desperdício de amor não é mesmo?

quinta-feira, 9 de agosto de 2012



Meu bem, você é tudo o que eu quero
Quando você está aqui deitada em meus braços
Eu acho isso difícil de acreditar,
Estamos no paraíso
E o amor é tudo o que eu preciso
E eu o achei aqui em seu coração
Não é tão difícil enxergar,
Estamos no paraíso [...]

Em um dia onde um turbilhão de lembranças invadem sua mente, sem ao menos pedir licença!

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