terça-feira, 27 de julho de 2010

Direção do vento

Sabe quando você acorda querendo, fazer tudo diferente?
Quando você sente que precisa mudar algo?
Acho que acordei assim hoje, acho que acordei querendo seguir o vento, indo para qualquer direção, mudando sem avisar, sem deixar rastros, seria mais fácil mudar assim, como o vento.
Acho que as pessoas se preocupam muito com o futuro e esquecem de viver o hoje, sim eu também sou assim, mas acho que muito menos que o normal, já pensei mais no futuro, já me preocupei mais com ele. Hoje em dia eu vejo o quanto isso nos atrasa, o quanto isso não faz diferença. Se todos nós vivermos o hoje sem pensar no amanhã as coisas poderiam ser diferentes, eu sei que sim.
Sabe quando você tem a certeza de que poderia ser diferente? Eu sei que muitas coisas poderiam, poderiam ser melhor, menos complicadas, ou apenas diferentes do que tem sido até hoje. Mas muitas vezes agente fecha os olhos pra isso, e apenas deixa que as coisas tomem o mesmo rumo que elas tomaram até hoje, a verdade é que nós seres humanos temos medo, medo, de arriscar, de tentar, e ai, acabamos nunca sabendo se daria certo ou não, pelo simples medo de fazer as coisas de uma maneira diferente.
Eu acredito que ninguém arrisca sem medo, o medo faz parte, temos velhos medos, aqueles que nos perseguem desde criança, o medo do escuro, de andar sozinhos. Os medos de hoje, de sermos assaltados, de ficarmos presos no elevador, de não passarmos em alguma matéria da faculdade, de morrermos. Os medos não vão acabar, mas eles precisam ser deixados de lado, porque se eles conseguirem tomar mais espaço do que nossa coragem, ai então nada, nunca, vai mudar, e nós apenas vamos continuar, seguindo em frente, talvez com vontade de mudar de rumo, mas com medo de arriscar, e isso não seria a melhor opção.
Eu quero mesmo é seguir o vento, pra onde ele me levar eu quero ir, não quero pensar em nada, nem nos medos, nem no amanhã, nem no depois, e no depois, eu quero apenas correr o risco de ser feliz.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Diferente

Hoje acordei com uma sensação estranha, sensação de estar vivendo normalmente, e isso é algo que eu acho tão banal, todo mundo, acorda todas as manhãs, tomam café, pegam seus carros, ou ônibus vão para o trabalho, para a escola, para a faculdade, todos os dias, as mesmas coisas, os mesmo lugares, as mesmas funções. Isso me deixa decepcionada comigo mesma, não quero ser igual a todos, eu sempre fui diferente, não quero cair na rotina, acordar e seguir um plano estabelecido por alguém, quero acordar a hora que eu tiver vontade, ou talvez nem acordar, ficar a manhã toda na cama, até cansar de dormir. Eu quero almoçar o que eu quiser, ou talvez nem almoçar, comer um pedaço de pizza com refrigerante e acreditar que é a coisa mais saudável do mundo. Quero sair pelas ruas sem um destino ao certo, analisando, tudo e todos, gravando cada detalhe em minha memória por medo que mais cedo ou mais tarde aquilo se acabe, ou vá embora. Eu quero poder ficar sentada até cansar olhando as estrelas sem me preocupar com as horas, sem me preocupar que devo ir pra casa pois preciso acordar no outro dia cedo. Quero continuar vivendo minha vida diferentemente de todos aqueles que estabelecem regras pro seu dia. Quero sorrir sem ter medo que as pessoas venham me perguntar ou reprimir minha vontade de achar graça de qualquer coisa.
Não quero ser compreendida por todos, isso é o que menos me preocupa, eu quero apenas entender a mim mesma, não tenho a pretensão de que todos me amem, ou gostem do meu jeito, eu quero poder agradar somente a quem eu realmente me importo e ainda assim, muitas vezes não me importo com isso.
Eu quero poder acordar um dia, quando as coisas forem diferentes, quando minha pele já não tiver tanta elasticidade, e for toda cheia de rugas, e lembrar que eu fui feliz da minha maneira, que eu fazia meus próprios planos, seguia minhas próprias regras, quero olhar para o passado e dizer confiantemente, que ele valeu a pena, que nada foi em vão, e que o principal eu consegui alcançar: ‘’Ser diferente’’.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Devolução

Alguém poderia, por favor, devolver os meus sonhos que havia deixado bem aqui?
Não admito, muito menos tolero que os arranquem de mim assim.
São meus sonhos, que construí que eu mesma moldei, que eu mesma sonhei.
Quero-os de volta!
Eu sei que seu olho anceia dividir-los comigo, mas não, eu não quero. Não hoje, hoje eles são só meus e de mais ninguém.
E quando eu digo ninguém me refiro a todos, até mesmo aqueles que fazem meus olhos brilharem.
Gostaria tanto que todos respeitassem os nossos sonhos, que não quisessem acabar com eles.
E você muito audacioso poderá estar se perguntando.
Mas como? Como roubei?
Repondo-lhes com a singela e educada resposta, aquele que não contribui não tem o direito de atrapalhar.
Sonhos são sonhos, e eles estão ai pra serem sonhados, cada um sonha, eu sonho, você sonha, nós sonhamos, e eu diria que quem não sonha, não tem alma, sem medo de errar eu diria, não é humano.
Só preciso que me devolvam os sonhos roubados, os desejos perdidos, em quanto a tempo de sonhar, em quanto acredito nos sonhos e no poder que eles têm sobre cada um de nós, e se não for pedir muito, devolva-os da maneira que eles eram quando foram tomados, lindos, perfeitos, e com finais sempre FELIZES.



quinta-feira, 20 de maio de 2010

Indiferença

Não parece ser muito normal o que vivo, como vivo.
Não me vejo como todas as outras pessoas, tem algo em mim que não encaixa com eles.
E não que eu não queira, mas não consigo pensar e agir como todos, até gosto disso, dessa sensação de ''indiferença'', mas isso atrapalha também.
Queria encontrar alguém como eu, que sonhasse com coisas pequenas, e que se alegrasse por coisas tão comuns, como por exemplo ficar olhando as estrelas.
Alguém que fosse tão confuso quanto eu, alguém que tremesse por estar nervoso, e que sentisse seu rosto queimar quando esta ansioso.
Queria poder contar meu planos malucos, sem medo que alguém fosse dar risadas, queria que essa pessoa fosse você.
Que senta todos os dias no mesmo lugar, que faz quase todos os dias as mesmas coisas, e ainda assim se sente tão confuso quanto eu.
Queria que essa pessoa viesse ao meu encontro sem que eu precisasse chama-la, queria apenas que essa pessoa fosse você.
Mas e se não for?
Como vou dizer adeus?
Como, se seria contra minha própria vontade, vontade que me move, que me faz ser essa pessoa que sou.
Não acredito que não seja você. Apenas espero o tempo em que as minhas perguntas se encontraram com as suas respostas, e ai então, o meu medo cessara, e eu saberei que mesmo confusa, mesmo sem todas as certezas, sempre foi você e que o meu único problema era apenas o meu próprio medo de tentar.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sentimento

É estranho você saber exatamente o que sente, e saber que não deveria sentir. É complexo de mais entender certas coisas, certas atitudes, acho mesmo que o ser humano é muito complicado, e muitas vezes eu gostaria de poder entender muitas pessoas, muitas vezes gostaria de conseguir ler a mente delas, sinceramente isso me deixaria um tanto feliz.
Na verdade tudo que eu gostaria mesmo, era entender a mim mesma, acho que depois disso conseguiria entender mais facilmente as pessoas. Me sinto meia perdida em relação aos meus sentimentos, não perdida, na verdade eu tenho muita certeza deles e por isso fico perdida, sem saber o que fazer, como agir, quando agir.
Sabe quando você consegue tirar os pés do chão, consegue esquecer tudo, deixar apenas o momento falar mais alto? Queria ser sempre assim, não me preocupar com o que vai ser amanhã, depois, e depois, queria me preocupar com o AGORA, me deixar levar sempre, sonhar mais, não queria viver com a pretensão de acertar sempre, não gostaria de ter medo em arriscar, porque afinal como eu vou saber se nunca arriscar?
Mas o meu medo, consegue quase sempre falar mais alto, queria tirar ele daqui de dentro, lançar ele pra longe, ficar só com a minha coragem, acredito que seria muito mais feliz arriscando sem medo, sem pensar em qualquer que seja as consequências.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Perdida

Ao mesmo tempo em que me sinto cercada por pessoas e coisas, me sinto sozinha, me sinto perdida, ainda não encontrei o que realmente faça me sentir segura por inteira, ainda não encontrei o lugar perfeito, para ficar horas e horas dispersa de tudo e de todos, estou buscando. Alguém sabe onde fica? Como encontro? Quem é? Alguém pode me dizer se isso realmente existe, ou é apenas mais um dos meus loucos sonhos, mais uma das minhas grandes fantasias? Não quero me sentir perdida por tanto tempo, não admito ficar num vazio pra sempre. Seja lá quem você for, onde for, onde esteja, venha logo, segure minhas mãos eu me sinto frágil de mais pra continuar sozinha.
Enquanto você não chegar, não me mostrar que realmente o lugar perfeito existe, e que só com você eu poderei descobri-lo, eu continuarei aqui, sozinha, perdida no meio de milhares de pessoas que não me fascinam, não me chamam atenção, vou continuar, apenas continuar.
Mas eu peço que não demore, não quero desistir antes mesmo de tentar, quando chegar avise, não com palavras, mas com abraços, não me mostre o caminho, me guie até lá, eu confiarei em você.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Confusão

Sabe quando você sente que está pendurada por um fino pedaço de nylon e que com um simples vento você vai cair no chão?
É assim que me sinto hoje, como se a qualquer momento eu fosse me arrebentar no chão, tem uma leve segurança aqui dentro de mim,envolvida por várias camadas de insegurança.Muitas vezes eu penso que simplesmente estou apenas ''respirando'', nada mais além disso, que viver é uma palavra que já não existe no meu vocabulário, mas ai eu vejo que estou dramatizando de mais, e que tenho muitas coisas, coisas que muitas pessoas fariam tudo pra ter. Tenho amigos que fariam tudo por mim, claro são poucos, mas eu sei que tenho, sei que teria quem daria a vida por mim como meus pais, tenho irmãos que eu amo e sempre que eu quero posso abraça-los, sou ''perfeita'', tenho braços e pernas, consigo enxergar, ouvir, falar, não preciso que ninguém me leve pra lugar algum, porque consigo fazer tudo sozinha, sei me expressar muito bem, tenho uma inteligência razoavelmente considerada boa, tenho acesso a tudo que preciso, tenho acesso a cultura, lazer, qualquer pessoa desejaria isso, eu sei que posso parecer ingrata, mas sinto que me falta algo, não sei explicar o que, mas é como se algo que pertence a mim estivesse por ai, largado e eu não consigo encontrar, as vezes quando estou parada em algum lugar, sozinha eu sinto um aperto no peito, como se alguém precisasse de mim, como se estivesse me chamando, implorando por minha presença, e eu estou ali parada sem saber por onde ir, na verdade sem saber o que eu preciso encontrar.
As vezes sinto que tenho o mundo ''sobre'' minhas costas, sinto que cresci muito rápido, e que as responsabilidades é que me movem, que a rotina me consome e as vezes parece que tenho o triplo da minha idade, já perdi as contas de quantas vezes me deparei comigo mesmo com os olhos cheios de lágrimas, pensando em quando eu tinha por volta de quinze anos, e que minha única preocupação era tirar boas notas na escola, não que eu esteja reclamando por que cresci, só acho que foi tudo muito rápido e que não consegui aprender as coisas no tempo que deveria.
Me sinto meio infantil em relação a tantas coisas, muitas mesmo, as vezes sinto vontade dormir o dia todo, andar de bicicleta por ai sem rumo algum que seja, brincar a tarde toda sentada na grama, ficar escrevendo minhas poesias deitada na área de casa sentido o vento tocar o meu rosto, sinto vontade de não precisar ter meus compromissos diários como por exemplo precisar todos os dias acordar no mesmo horário, acho que sou meio nômade, e que me sentiria melhor morando um dia em cada lugar, vivendo e aprendendo todos os dias coisas diferentes, mas sem precisar relatar em provas ou trabalhos aquilo que eu aprendi, apenas guardar pra mim, sem precisar me preocupar com a nota que eu vou obter.
Também são constante os meus sonhos acordados, nossa como eu viajo no decorrer das horas durante um dia. São tantas idéias, desejos, quase todos meio fora do normal, do comum, quase todos meio que sem sentido olhando de fora, mas pra mim, pro meu eu, são tão fundamentais, tão fantásticos. Já fiquei dias e dias planejando viagens que eu nunca fiz, planejando momentos que eu nunca vivi. Já passei horas pensando em como surfar, como escalar montanhas cobertas de gelo, fico me perguntando onde cabem tantos sonhos? De onde eles saem, por que eles estão aqui? São perguntas que também tomam meu tempo, que também me estigam a não deixar meus sonhos morrerem por medo de não sonhar mais, acho que esse é um dos maiores medos que eu tenho. Quando eu não mais sonhar, não mais sorrir imaginando abraços e beijos, não mais chorar planejando, não mais conseguir fechar os olhos e conseguir ver o meu futuro em segundos, ai então o meu fio terá arrebentado, em quanto isso, eu vou deixando o vento bater, e mesmo que eu sinta que ele pode arrebentar a qualquer momento, eu não vou parar de sonhar, prefiro me arrebentar sonhando do que cair lúcida, sem sonhos ao chão.

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