quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O amor não dói


O amor não dói você sabia? Talvez você tenha medo de deixá-lo entrar e tomar conta de você, mas saiba ele não dói quando é administrado da maneira certa.
Você não pode negar e afasta-lo de você, não quando isso não é necessário.
Saiba que o amor quando é recíproco é o sentimento mais bonito que existe, mais puro, mais verdadeiro. Mas, lembre-se, é preciso saber administra-lo.
Não foram inventados manuais de como devemos agir diante de tal sentimento não foram deixados receitas de como conserva-lo, a única certeza que se pode ter é que é o sentimento mais antigo, mais real dentre toda a humanidade.
Podemos dizer muitas vezes que ele esta sendo banalizado, que o ‘’EU TE AMO’’ é usado em qualquer situação, porem o amor verdadeiro requer cautela, cuidados, e a banalidade para ele não funciona.
Você precisa cuidá-lo, de forma gentil e paciente, o amor é uma doação que requer entrega de ambas as partes, já dizia o velho ditado ‘’quando um não quer dois não o fazem’’, verdade, pura verdade. Para ser duradouro precisa ser dado e recebido também, na mesma dosagem, nem de mais, nem de menos, na mesma quantia, na exata medida.
O amor não dói, não tenha medo. Se for amor de verdade lhe fará o bem, vai lhe trazer paz e confiança, vai fazer você voar sem ao menos tirar seus pés do chão. O amor não dói, não mesmo, ele é paciente, tudo crê, tudo suporta, o amor é o que move montanhas, o mesmo amor de nossos pais, o mesmo amor de nossos avôs, é o mesmo sentimento. O amor não se desgasta, se fortalece. Ah, o amor não dói, não quando se ama verdadeiramente, não quando se pode fechar os olhos e sem pensar muito lembrar de quem se ama. Bom, o amor esta ai, você pode deixá-lo entrar ou fechar a porta para ele, mas entenda você nunca vai poder saber como administra-lo se não o deixar entrar, não tenha medo, o AMOR é o que te fortalece e só o tendo e sentindo você vai poder entender.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Basta acreditar

Quando você olhar para trás, vai sentir medo de não ter feito tudo o que deveria ter feito, ou desejava ter feito? Você tem medo que o tempo passe e você não faça tudo o que um dia sonhou? Bem vindo a minha realidade, ao meu pesadelo. Você senti que poderia ter dado aquele abraço mais vezes ou aquele beijo repetidamente até cansar?
Aqui estou, pensando que daqui alguns anos vou sentir falta mais do que não fiz, do que tenha feito. E isso é verdade, sempre ouço as pessoas reclamando porque não fiz isso, porque não fui lá, porque não voltei, sempre, sempre.
Não quero ser como essas pessoas, quero fazer tudo que estiver ao meu alcance, tudo que estiver dentro do meu coração, quero todos os meus sonhos realizados, todos os meu desejos cumpridos, quero não precisar sentir aquela sensação de eu poderia ter feito diferente, ou ao menos tentado. Não me importo com o que as pessoas vão pensar, deixa que pensem que sou apenas uma menina sonhadora, que ainda não sabe nada sobre a vida.
Sei muito mais do que podem imaginar, sei que devo seguir sempre em frente, sei que sentimentos são pedras delicadas e que precisam ser cuidadas com toda delicadeza, que são fáceis de quebrar e de se perder também. Sei que amizades podem ir e vir, mas como todos já sabem as verdadeiras sempre ficam. Sei que o amor move o mundo, e ainda assim as pessoas ainda não se deram conta disso (ou pelo menos mais da metade delas). Sei que podemos nos machucar e por mais que possamos jurar que aquilo não ira mais nos atingir volta e meia nos faz sangrar. Mas o que mais sei, o que mais aprendi, o que jamais quero esquecer, é que não importa o que digam ou pensem, você precisa ser diferente, e acreditar que só você e mais ninguém pode fazer as coisas acontecerem, basta acreditar.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Objetivos


Certo dia fui questionada em relação a quais eram meus ‘’objetivos’’ na vida, naquele dado momento. Respondi cheia de vontade e esperanças o que a pessoa gostaria de ouvir, tenho certeza que naquele instante ela pensava o mesmo que eu. O tempo passou, e se hoje eu pudesse lhe dizer quais são meus objetivos, ficaria muito feliz.
Meu terceiro objetivo hoje, seria me encontrar nessa vida, saber o que realmente quero, saber pra onde vou e com quem vou. Meu segundo objetivo seria deixar tudo que já me machucou, tudo que não me faz bem pra trás e voltar a ser quem eu já fui um dia. Meu primeiro objetivo e mais importante é passar por você e poder sorrir como se nunca o tivesse avistado ou conhecido, isso inclui saber que você esta feliz, isso inclui saber que eu estou feliz, isso tudo significa viver, encurtando as palavras o que eu quero com esse primeiro objetivo, não é apenas virar uma página dessa história, e sim continuar escrevendo ela a partir de hoje, de agora.
É difícil admitir algumas coisas na vida, coisas que às vezes não desejamos que aconteçam de tais formas, mas elas acabam acontecendo. Hoje eu vejo quanto tempo foi ‘’perdido’’, quantas lagrimas foram desperdiçadas, hoje eu vejo que tudo poderia ter sido mais fácil, menos doloroso. Acho mesmo que toda experiência que tive até hoje, foram as melhores coisas que me aconteceram. Sim, eu digo todas, sejam elas boas ou ruins. As boas me ajudaram a crescer mais humana, mais sensível, mais feliz, já as ruins me ensinaram a ser mais forte, a ser mais dura comigo mesma, a amadurecer mesmo não querendo, mesmo não percebendo.
Hoje em dia vejo o mundo com outros olhos, olhos esses que querem enxergar coisas novas. Ando com outros passos, passos esses que eu espero que me levem para longe, ou até mesmo para perto, mas que me levem sem parar.
Meus objetivos podem estar um pouco diferente nos dias de hoje, pode ser que daqui alguns anos eles mudem novamente, mas acho que a essência, o desejo lá no fundo nunca vai mudar, eu apenas quero ser feliz.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Seguir em frente

- Posso ficar aqui mais alguns minutos? Perguntou ela.
- Eu só preciso segurar sua mão pra conseguir dormir em paz!
Ele não queria ficar ao seu lado, não podia segurar suas mãos, e então ela foi, sem olhar pra trás, sem ao menos tentar novamente. No fundo ela sabia que nunca mais estaria ao seu lado, e mesmo que estivesse nunca seria da mesma forma.
Naquela noite então, ela foi até seu quarto, deitou sobre sua cama e logo vieram as perguntas, acompanhadas com fortes dores no peito, não eram dores normais, eram dores das quais ninguém consegue aliviar tomando remédios, era uma dor maior. Ela podia sentir sua pele transpirando, ela sentia cada poro de seu corpo, não estava tudo bem e ela tinha certeza que continuaria não estando por longos e longos dias.
Na manhã seguinte ela acordou, e suplicou pra que tudo fosse um sonho, infelizmente não era. Era tão real quanto a noite passada, ela ainda podia sentir seu cheiro, ela ainda podia fechar os olhos e ouvir sua voz, mas isso tudo vinha acompanhado da verdade mais bruta, que tudo isso não poderá mais passar de lembranças, pois já não estavam mais lado a lado.
Os dias se arrastavam,e a cada manhã que nascia ela implorava pra que tudo fosse um sonho.Não era mais a mesma coisa acordar todos os dias e ir a escola, faltava algo, falta uma proteção ao seu lado, faltava algo entre seus dedos, entre seus braços, faltava alguém ao seu lado.
Ela se perguntava a todo momento, como alguém pode estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe? Como é possível não saber resolver as coisas como elas deveriam ser resolvidas. No fundo ela sabia o que deveria estar fazendo, mas seu coração amolecido não a deixava, não deixava que ela tomasse atitudes que poderiam resolver, ou ao menos aliviar a situação.
O que mais poderia ser feito? Como ela poderia acordar todos os dias carregando uma dor como aquela? Sinceramente ela precisava ser forte, acredito que ela tenha sido, muito mais do que poderia. Talvez essa força viesse de suas lembranças, ou melhor de suas esperanças, essa força que nem ela mesma sabia que possuía, era o que a alimentava dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano.
Acordar todos os dias carregando essas lembranças e sentimentos nunca foi sua vontade, preferia acordar todos os dias ouvindo que tinha alguém zelando por seu sono, pensando nela enquanto repousava, mas as coisas tomam rumos totalmente contrário as nossas vontade as vezes, e o que temos que fazer é seguir, mesmo que seguir, signifique, não poder voltar, não poder viver nada do que já vivemos um dia.
Seguir em frente, palavra tão complicada, quanto acordar todos os dias querendo que tudo não passe de um sonho, e que suas mãos voltem a se entrelaçar as minhas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tudo errado

Sabe aquele dia em que você acorda querendo estar sonhando? Querendo não viver o que anda vivendo? Bom, esse é o dia de hoje. Vejo os dias passando, e o que era pra mudar continua da mesma maneira, e mesmo que eu finja mudar, não mudou, nada mudou, continua tudo a mesma coisa. E eu me pergunto todos os dias, todas as manhãs, todas as noites, o que eu faço pra mudar? Onde está meu erro? Será que a culpa é minha, minha mesmo?
Ta errado, ta tudo errado. E sabe o que é pior? Não sei como concertar, não sei nem se foi eu quem ‘’estraguei’’, ou se tudo já estava errado antes mesmo que pudesse achar que a culpa era minha. Se tento arrumar de um lado, o outro fica torto, feio, não é como eu quero, ai se tento ajeitar este, o outro fica de lado e por sua vez também continua dando dor de cabeça. Não sei por onde começar, ou melhor, terminar. Tem um turbilhão de peças que não encaixam nessa história, mas estão por aqui, todas jogadas a minha frente, e mesmo que eu tente as encaixar aqui, não cabem, não possuem a forma certa, a forma que encaixa em mim.
Então eu paro pra pensar, e se eu deixar essas peças jogadas ao chão, se eu nem ao menos tentar encaixa-las? Seria mais fácil afinal, sem trabalho, fecho meus olhos, finjo que nunca as vi, e que nem ao menos tiveram alguma influência em minha vida.
Sigo em frente, e me acho covarde, é covarde mesmo. Penso um pouco mais e vejo que seria inútil, eu lá no fundo iria saber de uma forma ou outra, que elas estiveram ali, e que eu as deixei com medo de tentar coloca-las no lugar onde poderiam quem sabe encaixar.
Dúvidas, medos, tudo errado, continua tudo errado. Não sei o que fazer, e nem como fazer, mas não gostaria de passar todo o tempo nesse mundo torto, errado, só que sinceramente, não sei por onde posso começar, já disse quem sabe nem começar seja a palavra adequada, e sim terminar, mas como? Como posso terminar algo que nem sei se houve começo, meio, ta tudo errado, e até quando vai estar? Não sei, não posso responder. Desculpa ao meu próprio eu, a minha sempre e eterna confusão.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Perguntas e respostas

Tem dias em que você se pergunta se esta na direção certa se é realmente assim que tem que ser, se você deve dar uns passos pro lado, pro outro. Tem dias em que você quer muito parar, outros você precisa correr. Ai então vem a confusão, com ela um turbilhão de perguntas, perguntas essas que eu não sei e nem posso responder, pelo simples fato de não ter suas respostas.
Eu caminho, olho para todos os lados, vejo que muitas coisas mudaram, e muitas continuam as mesmas, são quase que intocáveis. Por exemplo, vejo o sorriso de uma criança ao brincar correndo pelas ruas, vejo o mesmo olhar triste e abandonado daquele pobre velhinho que parece estar tão só. Vejo a correria do dia a dia, a pressa que move as pessoas, ela me move também, às vezes não tenho tempo nem para pensar, o tempo é inimigo, o tempo é frio e calculista, as vezes me apavora, muita mais do que minhas perguntas e duvidas.
Pois bem, se eu der um passo pro lado, deixo quem e o que esta deste outro lado, se eu parar, vou deixar que os outros passem e eu fique, se eu correr vou deixar que os outros fiquem e eu vou. O que fazer? Como agir? Poderia ser mais simples, ou não, quem sabe afinal. Será que todos são assim? Será que todas as pessoas ficam caminhando olhando o céu, tentando encontrar respostas?
Eu, enquanto um ser sonhador prefiro acreditar que ainda encontrarei todas as respostas, saberei por onde caminhar e para onde ir, mas enquanto esse tempo não chega, sigo em linha reta, um passo pra cá outro pra lá, e acabo sempre no mesmo lugar, talvez eu seja uma daquelas coisas intocáveis, que não importa o tempo, mas permanecem sempre iguais.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pequena menina


E a menina que tanto esperou, que tanto sonhou, começa olhar pra trás. Olha e se pergunta, fica intrigada, quer saber o que realmente fez, quer saber se tudo valeu a pena. A menina que sonha alto, a menina que não se importa com o mundo lá fora, começa a perceber que sonhar é mais difícil que antes, começa a perceber que talvez o seu maior medo, esteja de fato acontecendo, assombrando sua vida.
A menina que ao fechar os olhos desejava voar, hoje deseja sumir, esconder-se, ela simplesmente quer ficar sozinha. Porque o velho ditado já diz, ‘’melhor sozinha do que mal acompanhada’’. E de fato ela se sentira assim, mal acompanhada. Será que porque seus sonhos estão morrendo? Será porque tudo esta diferente? Não se sabe, eu só sei que a menina sonhadora, esta escondendo seus poucos sonhos, aqueles que ainda vivem, e fazem seu coração pulsar. Esses estão guardados a sete chaves, a onde só ela sabe como chegar, como sair.
Será que a menina esta crescendo e deixando seus mais lindos sonhos pra trás, exatamente por isso? Por estar crescendo e presenciando o custo de suas realizações?
Que duvida é essa? Eu diria que essa menina já soube contornar mais essas demasiadas demoras, já soube contornar tudo isso com belos sorrisos, cheio de graça. Ei, menina.
Você vai deixar que isso aconteça?
Vai deixar que o mundo tome seus sonhos? Que o tempo os carregue com ele? Não deixe. Eles são seus, de mais ninguém.
Menina, tão pequena, mas com tantos problemas. Parece que o mundo resolveu descansar sobre suas costas não é? Eu sei, às vezes é difícil, ainda mais difícil é, quando as pessoas não sabem o valor de um sonho, e você se senti como um peixe fora da água. Posso dar a você uma boa noticia. Sabe, os sonhos nunca morrem, eles estão ai, bem dentro de você. Procure por eles, não deixe que o mundo os sufoque. Posso ver o brilho de seus olhos, posso ver que você é diferente. Não desista assim, os sonhos podem mover, eles tem o poder de transformar, basta apenas que você não os deixe morrer.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Estrela


Você já teve uma estrela?
Eu já.
Ela era linda, e eu só a vi uma vez na vida, mas eu jamais a esquecerei.
Lembro-me como se fosse hoje, estávamos sentados, olhando para o céu, eu estava com minhas mãos entrelaçada as suas, e minha cabeça repousava em seu ombro. Ela passou como um foguete pelo céu, cortando ele de ponta a ponta. Eu havia visto só uma vez em toda minha vida uma estrela cadente, mas aquele dia, aquele estrela, aquele momento, foram tão mágicos, parecia algo tão planejado e ao mesmo tempo, tão surpreendente.
Eu posso fechar meus olhos e sentir meu coração disparar, lembrando-me daqueles poucos segundos. Eu posso lembrar dos nossos pedidos, eu posso lembrar que foram os mesmos.
Eu guardo essa estrela em minha memória, eu guardo esse momento pra sempre. Eu sei que essa estrela será pra SEMPRE nossa, e mesmo que você nunca mais a veja, mesmo que eu nunca mais a veja, mesmo que nós um dia venhamos a nos esquecer, essa estrela continuara a brilhar, ela continuara no céu, cortando ele de ponta a ponta, porque as estrelas são a única forma de rever o passado, a mesma estrela que um dia passou por nós, ainda continua lá, ela ainda brilha. Pode ser que não por mim, nem por ti, talvez o brilho dela não seja tão intenso como naquele dia, mas ela brilha e assim será até que os dias se findem, e ainda assim, eu a terei comigo, aqui dentro, guardada, a minha estrela, a nossa estrela.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Dona dos meus sonhos


Eu saiu nas ruas, ouço sons diferenciados, vejo pessoas diferentes, percebo a cada dia um céu diferente. Particularmente acho lindo o céu azul, acho lindo quando ele está límpido, sem nenhuma nuvem, quando o olho, quase posso tocá-lo. Sim eu posso, porque não? Eu posso tudo o que quero, basta acreditar.
Eu acredito nos meus sonhos, eu acho que viver sem eles, não seria viver, não para mim. Eu sinto o vento tocando minha face, é quase um passaporte, um convite, um grito, dizendo, clamando. É como se eu pudesse ouvir alguém falando: - Vem, sonhe, feche os olhos, você precisa sonhar.
Não entendo. Como as pessoas não conseguem sonhar, como pode? Como alguém pode fechar os olhos e não imaginar algo lindo, ou até mesmo algo simples, mas que seja um sonho. Como pode alguém caminhar em um final de tarde na beira de uma praia, ouvindo o som do mar, e não conseguir sair de lá sem ao menos tirar os pés do chão? Como? Como? Não entendo, se eu pudesse, sairia por ai distribuindo vale sonhos, mostrando que sonhar é incrível, que não a nada que possa se comparar.
Eu não me importo se dizem que sonho de mais, que vivo em um mundo inventado. Eu realmente prefiro viver nesse mundo, um mundo lindo, onde eu me vejo passeando em meio aos campos cobertos de flores, onde eu vejo felicidade ao invés de tristeza, onde eu vejo paz ao invés da guerra, onde eu posso ser quem eu quiser sem repreensões, onde eu posso ir pra qualquer lugar sem sair de onde estou. Sim, eu sonho!
Muito prazer sou eu, a dona dos meus sonhos.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Não posso esquecer

Vagamente me lembro de alguns sonhos de criança, alguns acontecimentos, é como se aos poucos minha memória estivesse sendo apagada, e isso me angustia. Saber que você um dia vai esquecer de muitas coisas, muitos momentos, muitas histórias, isso não deixa você triste? Nem um pouco?
Gostaria que apenas as coisas tristes fossem esquecidas, como aquele choro, por uma perda, ou até mesmo aquelas palavras que tanto nos machucou. Mas eu me pergunto todos os dias, o que vai ser de mim sem poder recordar tudo o que vivi de bom? Porque querendo ou não, nem tudo vai ficar gravado aqui pra sempre. Nem tudo, que palavras amargas, é como se minha memória tivesse uma alto seleção, que droga, eu gostaria de controlar isso.
Eu sei que um dia, não vou lembrar-me de todos os detalhes dessa vida, de todas as pessoas, e que muitas passarão por mim, e eu não reconhecerei. Eu sei que muitos episódios vão ficar esquecidos, e que mesmo que eu queira recorda-los, eu não poderei.
Existe algo mais triste que isso? Você já parou pra pensar, que um dia todos os seus passos, todos os seus gestos, vão simplesmente ser esquecidos?
Meu coração fica apertado ao pensar que todo momento nunca mais voltara, que todas as horas, nunca mais serão as mesmas, e o pior, elas um dia simplesmente não poderão ser recordadas, pelo simples fato do tempo estar passando. Eu já não me lembro com exatidão dos meus amigos de infância, e eu sei que tinham muitos que eu gostava tanto, não lembro mais de todas as brincadeiras que meu pai fazia comigo, não lembro mais de muitas festas de aniversário que eu tive, eu apenas sei que isso existiu.
Eu fico intrigada, pensando que em pouco tempo, as minhas histórias de hoje serão apenas ‘’lembranças’’, o que hoje eu vivo com tanta intensidade, um dia vai ser apenas o que passou, e talvez não tenha tanto sentido como hoje tem. Das poucas coisas que eu jamais pretendo esquecer, cito logo o amor que obtive das pessoas que me cercam, dos beijos e abraços, dos sonhos que eu tenho agora. Não quero os esquecer, não quero esquecer do toque delicado em minhas mãos, do olhar único que era direcionado só a mim. Não quero esquecer. Alguém pode me ajudar? Poderia por mais memória em mim? Eu não quero deixar simplesmente tudo passar, eu quero fechar meus olhos, e sentir meu coração acelerar lembrando das minhas aventuras, dos meus sonhos, dos meus amores, das minhas confusões. Eu quero soltar gargalhadas, ao lembrar das coisas engraçadas que passei, eu só quero poder lembrar de tudo aquilo que eu não pretendo esquecer, da pra entender? Preciso lembrar do quanto fui feliz, sem esquecer de nenhum detalhe, nenhuma cena, nenhum nada. Eu só preciso que o tempo seja meu amigo, e não carregue com ele o que tenho de mais precioso, minhas lembranças.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Silêncio

E o que significa preferir o silêncio?
Pra mim é definido como eu estou desejando que seja o dia hoje. Prefiro que ninguém comente, interfira, resmungue, ou seja lá qual for a expressão.
Tudo o que eu queria agora, era sair andando sem rumo, sem pressa, apenas caminhando, ouvindo apenas o som dos meus passos, ouvindo apenas pra onde eles me levariam, e eu não teria medo, iria pra onde eles me levassem, apostando que qualquer lugar hoje seria melhor do que onde estou.
Gostaria de um abraço apertado, que dispensaria qualquer palavra, um abraço que me levasse pra longe sem ao menos precisar levantar os pés do chão. Eu queria mesmo junto com o abraço, uma maquina do tempo, gostaria de voltar apenas em alguns momentos e aproveitar um pouco mais de cada um deles, poder sentir novamente tudo o que já me fizera feliz um dia, tudo o que eu mais sinto saudade. Bobagem, eu sei que não posso voltar nem a uma hora atrás, o tempo corre e com ele leva tudo, tudo o que se possa imaginar, sonhos, amores, saudades, lembranças, o tempo não tem piedade, ele é ríspido, e muitas vezes tanto pode ser a solução, como pode ser o ‘’problema’’.
É pedir de mais que o mundo fique em silêncio só por um instante? Só pra eu poder ouvir pra onde meus passos desejam ir, só pra ouvir cada desejo do meu coração, sem que nada possa me influenciar? Eu quero um silêncio, um silêncio para poder lembrar, para poder esquecer, obrigada.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Às vezes

Às vezes caminhar sem olhar para trás machuca, às vezes é difícil, às vezes parece não termos forças, nem para dar um passo que seja. Deixamos sonhos, deixamos amores, deixamos dores, deixamos palavras, às vezes deixamos uma vida toda, às vezes dói, às vezes nem sentimos, ou sentimos tanto que preferimos nem lembrar.
Todos os dias pessoas entram e saem das nossas vidas, algumas passam despercebidas, outras nos fazem perceber de mais, tanto que quando precisam nos deixar, ou ao contrário, é como se um pedaço de nós fosse com elas. Eu me pergunto às vezes, ou melhor, quase todos os dias, porque amor, carinho, afeição, são sentimentos que me compõem tanto, é uma pergunta sem nenhuma resposta, às vezes eu imploro pra ser diferente, muitas vezes eu gostaria de ser um pouco mais dura, não com as pessoas, mas comigo mesma, com meus próprios sentimentos, na verdade eu acho que ainda não aprendi a lidar com eles, e talvez seja esse o problema, lidar com os meus próprios sentimentos.
Existe uma enorme, gigantesca, diferença entre as pessoas, e eu acho que essa vai ser sempre a minha maior dúvida, como compreende-las, como conseguir pelo menos entender um pouco que seja. As pessoas mudam tanto, as pessoas se tornam o que jamais esperávamos, às vezes mudam pra melhor, às vezes pra pior, às vezes nunca mudam. Pode parecer egoísmo, mas eu gostaria apenas, de manter perto aqueles que amo, não machuca-los, não afasta-los, poder estender a mão sempre que achar conveniente, mas isso não é fácil, somos humanos, erramos, tropeçamos, e muitas vezes ferimos aqueles que nos cercam. Ferimos com palavras, com gestos, com atitudes, e ai volta a velha história da compreensão, essa palavra me assombra, porque se a minha maior dificuldade é entender a mim mesma, o meu eu, como posso compreender os outros? Como posso fazer pra que isso não seja tão maçante, tão árduo? A resposta dessa pergunta eu tenho, não sei.
Caminhar sem olhar pra trás, apenas caminhar, levando comigo aquilo que mais zelo, aquilo que mais estimo, e pode parecer besteira nos dias de hoje, pode parecer pra muitos tolice, mas não me importo, não os compreendo mesmo. Quero levar comigo o que mais me machuca, o que mais me deixa com dúvidas, o que mais me preocupa, sim eu quero caminhar de mãos dadas com o amor, mesmo que pra isso, eu não entenda mais nada, nem a mim mesma, abro mão das certezas, mas caminho com ele, ao menos sei que dele não posso duvidar, ele existe, não muda, é o mesmo amor que a mil anos existia, e ainda existe, esta aqui, bem a minha volta, e haja o que houver, mesmo que o talvez me ponha dúvidas, não eu não vou deixa-lo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Direção do vento

Sabe quando você acorda querendo, fazer tudo diferente?
Quando você sente que precisa mudar algo?
Acho que acordei assim hoje, acho que acordei querendo seguir o vento, indo para qualquer direção, mudando sem avisar, sem deixar rastros, seria mais fácil mudar assim, como o vento.
Acho que as pessoas se preocupam muito com o futuro e esquecem de viver o hoje, sim eu também sou assim, mas acho que muito menos que o normal, já pensei mais no futuro, já me preocupei mais com ele. Hoje em dia eu vejo o quanto isso nos atrasa, o quanto isso não faz diferença. Se todos nós vivermos o hoje sem pensar no amanhã as coisas poderiam ser diferentes, eu sei que sim.
Sabe quando você tem a certeza de que poderia ser diferente? Eu sei que muitas coisas poderiam, poderiam ser melhor, menos complicadas, ou apenas diferentes do que tem sido até hoje. Mas muitas vezes agente fecha os olhos pra isso, e apenas deixa que as coisas tomem o mesmo rumo que elas tomaram até hoje, a verdade é que nós seres humanos temos medo, medo, de arriscar, de tentar, e ai, acabamos nunca sabendo se daria certo ou não, pelo simples medo de fazer as coisas de uma maneira diferente.
Eu acredito que ninguém arrisca sem medo, o medo faz parte, temos velhos medos, aqueles que nos perseguem desde criança, o medo do escuro, de andar sozinhos. Os medos de hoje, de sermos assaltados, de ficarmos presos no elevador, de não passarmos em alguma matéria da faculdade, de morrermos. Os medos não vão acabar, mas eles precisam ser deixados de lado, porque se eles conseguirem tomar mais espaço do que nossa coragem, ai então nada, nunca, vai mudar, e nós apenas vamos continuar, seguindo em frente, talvez com vontade de mudar de rumo, mas com medo de arriscar, e isso não seria a melhor opção.
Eu quero mesmo é seguir o vento, pra onde ele me levar eu quero ir, não quero pensar em nada, nem nos medos, nem no amanhã, nem no depois, e no depois, eu quero apenas correr o risco de ser feliz.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Diferente

Hoje acordei com uma sensação estranha, sensação de estar vivendo normalmente, e isso é algo que eu acho tão banal, todo mundo, acorda todas as manhãs, tomam café, pegam seus carros, ou ônibus vão para o trabalho, para a escola, para a faculdade, todos os dias, as mesmas coisas, os mesmo lugares, as mesmas funções. Isso me deixa decepcionada comigo mesma, não quero ser igual a todos, eu sempre fui diferente, não quero cair na rotina, acordar e seguir um plano estabelecido por alguém, quero acordar a hora que eu tiver vontade, ou talvez nem acordar, ficar a manhã toda na cama, até cansar de dormir. Eu quero almoçar o que eu quiser, ou talvez nem almoçar, comer um pedaço de pizza com refrigerante e acreditar que é a coisa mais saudável do mundo. Quero sair pelas ruas sem um destino ao certo, analisando, tudo e todos, gravando cada detalhe em minha memória por medo que mais cedo ou mais tarde aquilo se acabe, ou vá embora. Eu quero poder ficar sentada até cansar olhando as estrelas sem me preocupar com as horas, sem me preocupar que devo ir pra casa pois preciso acordar no outro dia cedo. Quero continuar vivendo minha vida diferentemente de todos aqueles que estabelecem regras pro seu dia. Quero sorrir sem ter medo que as pessoas venham me perguntar ou reprimir minha vontade de achar graça de qualquer coisa.
Não quero ser compreendida por todos, isso é o que menos me preocupa, eu quero apenas entender a mim mesma, não tenho a pretensão de que todos me amem, ou gostem do meu jeito, eu quero poder agradar somente a quem eu realmente me importo e ainda assim, muitas vezes não me importo com isso.
Eu quero poder acordar um dia, quando as coisas forem diferentes, quando minha pele já não tiver tanta elasticidade, e for toda cheia de rugas, e lembrar que eu fui feliz da minha maneira, que eu fazia meus próprios planos, seguia minhas próprias regras, quero olhar para o passado e dizer confiantemente, que ele valeu a pena, que nada foi em vão, e que o principal eu consegui alcançar: ‘’Ser diferente’’.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Devolução

Alguém poderia, por favor, devolver os meus sonhos que havia deixado bem aqui?
Não admito, muito menos tolero que os arranquem de mim assim.
São meus sonhos, que construí que eu mesma moldei, que eu mesma sonhei.
Quero-os de volta!
Eu sei que seu olho anceia dividir-los comigo, mas não, eu não quero. Não hoje, hoje eles são só meus e de mais ninguém.
E quando eu digo ninguém me refiro a todos, até mesmo aqueles que fazem meus olhos brilharem.
Gostaria tanto que todos respeitassem os nossos sonhos, que não quisessem acabar com eles.
E você muito audacioso poderá estar se perguntando.
Mas como? Como roubei?
Repondo-lhes com a singela e educada resposta, aquele que não contribui não tem o direito de atrapalhar.
Sonhos são sonhos, e eles estão ai pra serem sonhados, cada um sonha, eu sonho, você sonha, nós sonhamos, e eu diria que quem não sonha, não tem alma, sem medo de errar eu diria, não é humano.
Só preciso que me devolvam os sonhos roubados, os desejos perdidos, em quanto a tempo de sonhar, em quanto acredito nos sonhos e no poder que eles têm sobre cada um de nós, e se não for pedir muito, devolva-os da maneira que eles eram quando foram tomados, lindos, perfeitos, e com finais sempre FELIZES.



quinta-feira, 20 de maio de 2010

Indiferença

Não parece ser muito normal o que vivo, como vivo.
Não me vejo como todas as outras pessoas, tem algo em mim que não encaixa com eles.
E não que eu não queira, mas não consigo pensar e agir como todos, até gosto disso, dessa sensação de ''indiferença'', mas isso atrapalha também.
Queria encontrar alguém como eu, que sonhasse com coisas pequenas, e que se alegrasse por coisas tão comuns, como por exemplo ficar olhando as estrelas.
Alguém que fosse tão confuso quanto eu, alguém que tremesse por estar nervoso, e que sentisse seu rosto queimar quando esta ansioso.
Queria poder contar meu planos malucos, sem medo que alguém fosse dar risadas, queria que essa pessoa fosse você.
Que senta todos os dias no mesmo lugar, que faz quase todos os dias as mesmas coisas, e ainda assim se sente tão confuso quanto eu.
Queria que essa pessoa viesse ao meu encontro sem que eu precisasse chama-la, queria apenas que essa pessoa fosse você.
Mas e se não for?
Como vou dizer adeus?
Como, se seria contra minha própria vontade, vontade que me move, que me faz ser essa pessoa que sou.
Não acredito que não seja você. Apenas espero o tempo em que as minhas perguntas se encontraram com as suas respostas, e ai então, o meu medo cessara, e eu saberei que mesmo confusa, mesmo sem todas as certezas, sempre foi você e que o meu único problema era apenas o meu próprio medo de tentar.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sentimento

É estranho você saber exatamente o que sente, e saber que não deveria sentir. É complexo de mais entender certas coisas, certas atitudes, acho mesmo que o ser humano é muito complicado, e muitas vezes eu gostaria de poder entender muitas pessoas, muitas vezes gostaria de conseguir ler a mente delas, sinceramente isso me deixaria um tanto feliz.
Na verdade tudo que eu gostaria mesmo, era entender a mim mesma, acho que depois disso conseguiria entender mais facilmente as pessoas. Me sinto meia perdida em relação aos meus sentimentos, não perdida, na verdade eu tenho muita certeza deles e por isso fico perdida, sem saber o que fazer, como agir, quando agir.
Sabe quando você consegue tirar os pés do chão, consegue esquecer tudo, deixar apenas o momento falar mais alto? Queria ser sempre assim, não me preocupar com o que vai ser amanhã, depois, e depois, queria me preocupar com o AGORA, me deixar levar sempre, sonhar mais, não queria viver com a pretensão de acertar sempre, não gostaria de ter medo em arriscar, porque afinal como eu vou saber se nunca arriscar?
Mas o meu medo, consegue quase sempre falar mais alto, queria tirar ele daqui de dentro, lançar ele pra longe, ficar só com a minha coragem, acredito que seria muito mais feliz arriscando sem medo, sem pensar em qualquer que seja as consequências.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Perdida

Ao mesmo tempo em que me sinto cercada por pessoas e coisas, me sinto sozinha, me sinto perdida, ainda não encontrei o que realmente faça me sentir segura por inteira, ainda não encontrei o lugar perfeito, para ficar horas e horas dispersa de tudo e de todos, estou buscando. Alguém sabe onde fica? Como encontro? Quem é? Alguém pode me dizer se isso realmente existe, ou é apenas mais um dos meus loucos sonhos, mais uma das minhas grandes fantasias? Não quero me sentir perdida por tanto tempo, não admito ficar num vazio pra sempre. Seja lá quem você for, onde for, onde esteja, venha logo, segure minhas mãos eu me sinto frágil de mais pra continuar sozinha.
Enquanto você não chegar, não me mostrar que realmente o lugar perfeito existe, e que só com você eu poderei descobri-lo, eu continuarei aqui, sozinha, perdida no meio de milhares de pessoas que não me fascinam, não me chamam atenção, vou continuar, apenas continuar.
Mas eu peço que não demore, não quero desistir antes mesmo de tentar, quando chegar avise, não com palavras, mas com abraços, não me mostre o caminho, me guie até lá, eu confiarei em você.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Confusão

Sabe quando você sente que está pendurada por um fino pedaço de nylon e que com um simples vento você vai cair no chão?
É assim que me sinto hoje, como se a qualquer momento eu fosse me arrebentar no chão, tem uma leve segurança aqui dentro de mim,envolvida por várias camadas de insegurança.Muitas vezes eu penso que simplesmente estou apenas ''respirando'', nada mais além disso, que viver é uma palavra que já não existe no meu vocabulário, mas ai eu vejo que estou dramatizando de mais, e que tenho muitas coisas, coisas que muitas pessoas fariam tudo pra ter. Tenho amigos que fariam tudo por mim, claro são poucos, mas eu sei que tenho, sei que teria quem daria a vida por mim como meus pais, tenho irmãos que eu amo e sempre que eu quero posso abraça-los, sou ''perfeita'', tenho braços e pernas, consigo enxergar, ouvir, falar, não preciso que ninguém me leve pra lugar algum, porque consigo fazer tudo sozinha, sei me expressar muito bem, tenho uma inteligência razoavelmente considerada boa, tenho acesso a tudo que preciso, tenho acesso a cultura, lazer, qualquer pessoa desejaria isso, eu sei que posso parecer ingrata, mas sinto que me falta algo, não sei explicar o que, mas é como se algo que pertence a mim estivesse por ai, largado e eu não consigo encontrar, as vezes quando estou parada em algum lugar, sozinha eu sinto um aperto no peito, como se alguém precisasse de mim, como se estivesse me chamando, implorando por minha presença, e eu estou ali parada sem saber por onde ir, na verdade sem saber o que eu preciso encontrar.
As vezes sinto que tenho o mundo ''sobre'' minhas costas, sinto que cresci muito rápido, e que as responsabilidades é que me movem, que a rotina me consome e as vezes parece que tenho o triplo da minha idade, já perdi as contas de quantas vezes me deparei comigo mesmo com os olhos cheios de lágrimas, pensando em quando eu tinha por volta de quinze anos, e que minha única preocupação era tirar boas notas na escola, não que eu esteja reclamando por que cresci, só acho que foi tudo muito rápido e que não consegui aprender as coisas no tempo que deveria.
Me sinto meio infantil em relação a tantas coisas, muitas mesmo, as vezes sinto vontade dormir o dia todo, andar de bicicleta por ai sem rumo algum que seja, brincar a tarde toda sentada na grama, ficar escrevendo minhas poesias deitada na área de casa sentido o vento tocar o meu rosto, sinto vontade de não precisar ter meus compromissos diários como por exemplo precisar todos os dias acordar no mesmo horário, acho que sou meio nômade, e que me sentiria melhor morando um dia em cada lugar, vivendo e aprendendo todos os dias coisas diferentes, mas sem precisar relatar em provas ou trabalhos aquilo que eu aprendi, apenas guardar pra mim, sem precisar me preocupar com a nota que eu vou obter.
Também são constante os meus sonhos acordados, nossa como eu viajo no decorrer das horas durante um dia. São tantas idéias, desejos, quase todos meio fora do normal, do comum, quase todos meio que sem sentido olhando de fora, mas pra mim, pro meu eu, são tão fundamentais, tão fantásticos. Já fiquei dias e dias planejando viagens que eu nunca fiz, planejando momentos que eu nunca vivi. Já passei horas pensando em como surfar, como escalar montanhas cobertas de gelo, fico me perguntando onde cabem tantos sonhos? De onde eles saem, por que eles estão aqui? São perguntas que também tomam meu tempo, que também me estigam a não deixar meus sonhos morrerem por medo de não sonhar mais, acho que esse é um dos maiores medos que eu tenho. Quando eu não mais sonhar, não mais sorrir imaginando abraços e beijos, não mais chorar planejando, não mais conseguir fechar os olhos e conseguir ver o meu futuro em segundos, ai então o meu fio terá arrebentado, em quanto isso, eu vou deixando o vento bater, e mesmo que eu sinta que ele pode arrebentar a qualquer momento, eu não vou parar de sonhar, prefiro me arrebentar sonhando do que cair lúcida, sem sonhos ao chão.

Seguidores